Em O Livro dos Espíritos, na conclusão (item VII), o Codificador apresenta uma classificação dos adeptos: A) Os que acreditam; B) Os que acreditam e admiram a moral espírita; e C) Os que creem, admiram e praticam. Segundo Kardec, esses últimos são os verdadeiros espíritas, ou os espíritas cristãos.
Ouve-se, com certa freqüência nos ambientes doutrinários, algumas frases que expressam dúbias interpretações sobre o que seja "ser espírita". Companheiros que ainda não se sentem devidamente ajustados aos parâmetros propostos pelos roteiros da codificação dizem: "ainda não sou espírita, estou tentando!", outros dizem: "Quem sou eu para ser espírita?", "Quem sabe um dia serei!".
Melhor seria que não aderíssemos à ideia incoerente do "espírita não-praticante" para não estimular as fantasias do menor esforço que ainda são fortes tendências de nossas vivências espirituais.
Ser espírita é ser melhor hoje do que ontem, e buscar amanhã ser melhor do que hoje. Muito mais que frequentar espaços doutrinários, ler a codificação, acreditar e ajudar na difusão dos princípios espiritistas, ser espírita é se esforçar para por em prática os ideais de renovação moral sem os quais nos tornamos meros demagogos, ratificando na prática, o conceito equivocado da identidade espírita. E, como se vê, a palavra-chave destacada aqui é o esforço moral.
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