sexta-feira, 31 de maio de 2013

Mensagem: Acende a tua luz


Acende a tua luz


 

Acende a Luz do Amor na tua Alma e espanta as trevas do egoísmo que pouco a pouco busca degenerar a humanidade.

 

Acende a Luz do Perdão e deixa que a da tua alma irradie doces ondas reconciliatórias, desarticulando planos hediondos de desestruturação daqueles que devem marchar unidos na construção do bem na Terra.

 

Acende a Luz da Caridade em teu Espírito, de forma a brilharem as estrelas da esperança na densa noite dos tempos.

 

Recorda sempre, principalmente nos momentos de testemunhos e lutas, de abrir-te à luz de Deus, que é o único combustível capaz de manter sempre acesa a luz da tua fé.

 

Segue, pois, confiante, na certeza de que Deus te guia pelos caminhos de Jesus.

 

Se acenderes a tua Luz Interior, verás que não segues a sós, nem tão pouco na escuridão.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Palestra de Quarta, 29/05/13 - DEFICIÊNCIA E DEFICIENTES NA VISÃO ESPÍRITA


        " Nada no Universo ocorre como fenômeno caótico, resultado de alguma desordem que nele predomine. O que parece casual, destrutivo, é sempre efeito de uma programação transcendente, que objetiva a ordem, a harmonia.De igual maneira, nos destinos humanos sempre vige a Lei de Causa e Efeito, como responsável legítima por todas as ocorrências, por mais diversificadas apresentem-se.                                      O Espírito progride através das experiências que lhe facultam desenvolver o conhecimento intelectual enquanto lapida as impurezas morais primitivas, transformando-as em emoções relevantes e libertadoras."

( Joanna de Ângelis ) 

( O LFA fica na rua Dr. Télio Barreto 554a, centro - Macaé )


quinta-feira, 23 de maio de 2013

Mensagem: Antes do berço


Antes do berço


 

Antes do berço, na Espiritualidade, examinando as suas próprias necessidades de aperfeiçoamento terá você pedido:


- a deficiência corpórea que induza à elevação de sentimentos;

- a enfermidade de longa duração, capaz de educar-lhe os impulsos;

- essa ou aquela lesão física que favoreça os exercícios de disciplina;

- determinada mutilação que lhe iniba o arrastamento à agressividade exagerada;

- o complexo psicológico que lhe renove as ideias;

- o lar amargo onde possa aprender quanto vale a afeição;

- o traço de prova que lhe impõe obstáculos no grupo social, a fim de esquecer enquistações de orgulho;

- o reencontro com os adversários do passado, então na forma de parentes difíceis, atendendo a resgate de antigos débitos;

- a impossibilidade temporária para a obtenção de um título acadêmico, de modo a frenar-se contra desmandos intelectuais;

- a internação passageira em ambiente de pauperismo, de maneira a desenvolver a própria habilitação no trabalho pessoal.

 

Aceite as dificuldades e desafios da existência, porque, na maioria das circunstâncias, são respostas da Providência Divina aos nossos anseios de reajuste e sublimação.


André Luiz (Psicografia de Chico Xavier)


domingo, 12 de maio de 2013

Mensagem: A beneficência


A beneficência


 

 

A beneficência, meus amigos, dar-vos-á nesse mundo os mais puros e suaves deleites, as alegrias do coração, que nem o remorso, nem a indiferença perturbam. Oh! pudésseis compreender tudo o que de grande e de agradável encerra a generosidade das almas belas, sentimento que faz olhe a criatura as outras como olha a si mesma, e se dispa, jubilosa, para vestir o seu irmão! Pudésseis, meus amigos, ter por única ocupação tornar felizes os outros! Quais as festas mundanas que podereis comparar às que celebrais quando, como representantes da Divindade, levais a alegria a essas famílias que da vida apenas conhecem as vicissitudes e as amarguras, quando vedes nelas os semblantes macerados refulgirem subitamente de esperança, porque, faltos de pão, os desgraçados ouviam seus filhinhos, ignorantes de que viver é sofrer, gritando repetidamente, a chorar, estas palavras, que, como agudo punhal, se lhes enterravam nos corações maternos: "Estou com fome!..."

Oh! compreendei quão deliciosas são as impressões que recebe aquele que vê renascer a alegria onde, um momento antes, só havia desespero! Compreendei as obrigações que tendes para com os vossos irmãos! Ide, ide ao encontro do infortúnio; ide em socorro, sobretudo, das misérias ocultas, por serem as mais dolorosas! Ide, meus bem-amados, e tende em mente estas palavras do Salvador: "Quando vestirdes a um destes pequeninos, lembrai-vos de que é a mim que o fazeis!"

Caridade! sublime palavra que sintetiza todas as virtudes, és tu que hás de conduzir os povos à felicidade. Praticando-te, criarão eles para si infinitos gozos no futuro e, enquanto se acharem exilados na Terra, tu lhes serás a consolação, o prelibar das alegrias de que fruirão mais tarde, quando se encontrarem reunidos no seio do Deus de amor. Foste tu, virtude divina, que me proporcionaste os únicos momentos de satisfação de que gozei na Terra. Que os meus irmãos encarnados creiam na palavra do amigo que lhes fala, dizendo-lhes: E na caridade que deveis procurar a paz do coração, o contentamento da alma, o remédio para as aflições da vida.

Oh! quando estiverdes a ponto de acusar a Deus, lançai um olhar para baixo de vós; vede que de misérias a aliviar, que de pobres crianças sem família, que de velhos sem qualquer mão amiga que os ampare e lhes feche os olhos quando a morte os reclame! Quanto bem a fazer! Oh! não vos queixeis; ao contrário, agradecei a Deus e prodigalizai a mancheias a vossa simpatia, o vosso amor, o vosso dinheiro por todos os que, deserdados dos bens desse mundo, enlanguescem na dor e no insulamento! Colhereis nesse mundo bem doces alegrias e, mais tarde... só Deus o sabe!... Adolfo, bispo de Argel. (Bordéus, 1861.)

 

O Evangelho Segundo o Espiritismo. CAPÍTULO XIII - NÃO SAIBA A VOSSA MÃO ESQUERDA O QUE DÊ A VOSSA MÃO DIREITA


sexta-feira, 10 de maio de 2013

Mensagem: Tranquilidade


TRANQÜILIDADE




1. Comece o dia na luz da Oração. O amor de Deus nunca falha.


2. Aceite qualquer dificuldade sem discutir. Hoje é o tempo de fazer o melhor.


3. Trabalhe com alegria. O preguiçoso, ainda mesmo quando se mostre num pedestal de ouro maciço, é um cadáver que pensa.


4. Faça o bem o quanto possa. Cada criatura transita entre as próprias criações.


5. Valorize os minutos. Tudo volta, com exceção da hora perdida.


6. Aprenda a obedecer no culto das próprias obrigações. Se você não acredita na disciplina, observe um carro sem freio.


7. Estime a simplicidade. O luxo é o mausoléu dos que se avizinham da morte.


8. Perdoe sem condições. Irritar-se é o melhor processo de perder.


9. Use a gentileza, mas, de modo especial dentro da própria casa. Experimente atender os familiares como você trata as visitas.


10. Em favor de sua paz conserve fidelidade a si mesmo. Lembre-se de que, no dia do Calvário, a massa aplaudia a causa triunfante dos crucificadores, mas o Cristo, solitário e vencido, era a causa de Deus.


 ANDRÉ LUIZ -  "O Espírito da Verdade" (Francisco Cândido Xavier)



quarta-feira, 8 de maio de 2013

Mensagem: Os três crivos


Os três crivos


...Certa feita, um homem esbaforido achegou-se a Sócrates e sussurrou-lhe aos

ouvidos:

- Escuta, na condição de teu amigo, tenho alguma coisa muito grave para dizer-te,

em particular...

- Espera!... ajuntou o sábio prudente. Já passaste o que me vais dizer pelos três

crivos?

-Três crivos?! – perguntou o visitante, espantado.

- Sim, meu caro amigo, três crivos. Observemos se tua confidência passou por

eles. O primeiro, é o crivo da verdade. Guardas absoluta certeza, quanto àquilo que

pretendes comunicar?

- Bem, ponderou o interlocutor, assegurar mesmo, não posso... Mas ouvi dizer e...

então...

- Exato. Decerto peineiraste o assunto pelo segundo crivo, o da bondade. Ainda

que não seja real o que julgas saber, será pelo menos bom o que me queres contar?

Hesitando, o homem replicou:

- Isso não!... Muito pelo contrário...

- Ah! – tornou o sábio – então recorramos ao terceiro crivo: o da utilidade, e

notemos o proveito do que tanto te aflige.

- Útil?!... – aduziu o visitante ainda agitado.

– Útil não é...

- Bem – rematou o filósofo num sorriso, - se o que tens a confiar não é verdadeiro,

nem bom e nem útil, esqueçamos o problema e não te preocupes com ele, já que nada

valem casos sem edificações para nós...

Aí está, meu amigo, a lição de Sócrates, em questões de maledicência...

 

Irmão X – Aulas da Vida (Chico Xavier)


Mensagem: Doações Mínimas


Doações Mínimas


Não subestime as chamadas "pequenas doações".


O prato frugal que você oferece ao necessitado será provavelmente o recurso de que precisa a fim de liberar-se dos últimos riscos da inanição.


A peça de vestuário que você entregou ao companheiro em penúria terá representado o apoio providencial com que se livrou de moléstia.


A reduzida poção de remédio que conseguiu você doar em favor de um doente foi talvez o socorro que o auxiliou a desviarse do derradeiro corredor em que resvalaria para a morte.


A visita rápida que você levou ao enfermo pode ter sido o estímulo inesperado que o arrancou do desânimo para os primeiros passos, em demanda ao levantamento das próprias forças.


O bilhete ligeiro que você endereçou ao irmão em dificuldade, ofertando-lhe reconforto, possivelmente se transformou na âncora que haverá retomado o acesso à esperança.


O minuto de tolerância com que você suportou a exigência de uma pessoa, em difícil conversação, haverá sido aquele que a ajudou a descompromissar-se com um encontro desagradável ou com determinado acidente.


Algumas poucas frases num diálogo construtivo serão o veículo pelo qual o seu interlocutor evitará render-se a idéias de suicídio ou delinqüência.


Os seus instantes de silêncio caridoso à frente desse ou daquele agressor, significarão o amparo de que não prescinde, a fim de aceitar a necessidade da própria renovação.


Não menospreze o valor das minidoações.


O seu concurso supostamente insignificante pode ser o ingrediente complementar que esteja faltando em valiosa peça de salvação.

 


André Luiz - Respostas da Vida (Francisco Cândido Xavier)


sexta-feira, 3 de maio de 2013

Mocidade de Hoje


Mocidade de Hoje



Mocidade é força.

Mas se a força não estiver sob a direção da justiça, pode converter-se em caminho para a loucura.

 

Mocidade é poder.

Entretanto, se o poder não aceita a orientação do bem, depressa se converte em tirania do mal.

 

Mocidade é liberdade.

Todavia, se a liberdade foge à disciplina, é invariavelmente a descida para deplorável escravidão.

 

Mocidade é chama.

No entanto, se a chama não sofre o controle; do proveito justo, em breve tempo transforma-se em incêndio devastador.

 

Mocidade é carinho.

Mas se o carinho não possui consciência da responsabilidade, pode ser veneno mortal ao coração.

 

Mocidade é beleza da forma.

Contudo, se a beleza da forma não se enriquece com o aprimoramento interior, não passa de máscara perecível.

 

Mocidade é amor.

Entretanto, se o amor não se equilibra na sublimação da alma, cedo se transforma em paixão infeliz.

 

Mocidade é primavera de sonhos.

Todavia, se a primavera de sonhos não se enobrece no trabalho digno, toda o nosso idealismo será simplesmente um campo de flores mortas.

 

Se te encontras na hora radiante da juventude, não te esqueças que o tempo é nosso julgador implacável.


A plantação de agora será colheita depois. Nossas esperanças, dia a dia, se materializam nas obras a que nos destinamos. A lei será sempre lei.


Povoam-se e despovoam-se berços e túmulos para que o espírito, divino caminheiro, através da mocidade e da velhice do corpo terrestre, desenvolva em si as asas que o transportarão aos cimos da vida eterna.


Assim, se realmente procuras a felicidade incorruptível, confia teu coração e tua mente ao cristo renovador a fim de que, jovem de hoje, te faças amanhã o caráter sem jaça que lhe refletirá no mundo a divina vontade.

 

Emmanuel (Livro Paz e Libertação, psicografia de Chico Xavier)

 

 



quarta-feira, 1 de maio de 2013

Mensagem: MARIA


" Enlevada nas suas meditações, Maria viu aproximar-se o vulto de um pedinte.
Minha mãe, exclamou o recém-chegado, como tantos outros que recorriam ao seu carinho, venho fazer-te companhia e receber a tua bênção.
Maternalmente, ela o convidou a entrar, impressionada com aquela voz que lhe inspirava profunda simpatia. O peregrino lhe falou do céu, confortando-a delicadamente. Comentou as bem-aventuranças divinas que aguardam a todos os devotados e sinceros filhos de Deus, dando a entender que lhe compreendia as mais ternas saudades do coração. Maria sentiu-se empolgada por tocante surpresa.
Que mendigo seria aquele que lhe acalmava as dores secretas da alma saudosa, com bálsamos tão dulçorosos? Nenhum lhe surgira até então para dar; era sempre para pedir alguma coisa. No entanto, aquele viandante desconhecido lhe derramava no íntimo as mais santas consolações. Onde ouvira noutros tempos aquela voz meiga e carinhosa?! Que emoções eram aquelas que lhe faziam pulsar o coração de tanta carícia? Seus olhos se umedeceram de ventura, sem que conseguisse explicar a razão de sua terna emotividade.
Foi quando o hóspede anônimo lhe estendeu as mãos generosas e lhe falou com profundo acento de amor:
- "Minha mãe, vem aos meus braços!"
Nesse instante, fitou as mãos nobres que se lhe ofereciam, num gesto da mais bela ternura. Tomada de comoção profunda, viu nelas duas chagas, como as que seu filho revelava na cruz e, instintivamente, dirigindo o olhar ansioso para os pés do peregrino amigo, divisou também aí as úlceras causadas pelos cravos do suplício. Não pôde mais. Compreendendo a visita amorosa que Deus lhe enviava ao coração, bradou com infinita alegria:
- "Meu filho! meu filho! as úlceras que te fizeram!. . ."
E precipitando-se para ele, como mãe carinhosa e desvelada, quis certificar-se, tocando a ferida que lhe fora produzida pelo último lançado, perto do coração. Suas mãos ternas e solícitas o abraçaram na sombra visitada pelo luar, procurando sofregamente a úlcera que tantas lágrimas lhe provocara ao carinho maternal. A chaga lateral também lá estava, sob a carícia de suas mãos. Não conseguiu dominar o seu intenso júbilo. Num ímpeto de amor, fez um movimento para se ajoelhar. Queria abraçar-se aos pés do seu Jesus e osculá-los com ternura. Ele, porém, levantando-a, cercado de um halo de luz celestial, se lhe ajoelhou aos pés e, beijando-lhe as mãos, disse em carinhoso transporte:
- "Sim, minha mãe, sou eu!... Venho buscar-te, pois meu Pai quer que sejas no meu reino a Rainha dos Anjos. .
Maria cambaleou, tomada de inexprimível ventura. Queria dizer da sua felicidade, manifestar seu agradecimento a Deus; mas o corpo como que se lhe paralisara, enquanto aos seus ouvidos chegavam os ecos suaves da saudação do Anjo, qual se a entoassem mil vozes cariciosas, por entre as harmonias do céu.
No outro dia, dois portadores humildes desciam a Éfeso, de onde regressaram com João, para assistir aos últimos instantes daquela que lhes era a devotada Mãe Santíssima. Maria já não falava. Numa inolvidável expressão de serenidade, por longas horas ainda esperou a ruptura dos derradeiros laços que a prendiam à vida material.
A alvorada desdobrava o seu formoso leque de luz quando aquela alma eleita se elevou da Terra, onde tantas vezes chorara de júbilo, de saudade e de esperança. Não mais via seu filho bem-amado, que certamente a esperaria, com as boas vindas, no seu reino de amor; mas, extensas multidões de entidades angélicas a cercavam cantando hinos de glorificação. Experimentando a sensação de se estar afastando do mundo, desejou rever a Galiléia com os seus sítios preferidos. Bastou a manifestação de sua vontade para que a conduzissem à região do lago de Genesaré, de maravilhosa beleza. Reviu todos os quadros do apostolado de seu filho e, só agora, observando do alto a paisagem, notava que o Tiberíades, em seus contornos suaves, apresentava a forma quase perfeita de um alaúde. Lembrou-se, então, de que naquele instrumento da Natureza Jesus cantara o mais belo poema de vida e amor, em homenagem a Deus e à humanidade. Aquelas águas mansas, filhas do Jordão marulhoso e calmo, haviam sido as cordas sonoras do cântico evangélico.
Dulcíssimas alegrias lhe invadiam o coração e já a caravana espiritual se dispunha a partir, quando Maria se lembrou dos discípulos perseguidos pela crueldade do mundo e desejou abraçar os que ficariam no vale das sombras, à espera das claridades definitivas do Reino de Deus. Emitindo esse pensamento, imprimiu novo impulso às multidões espirituais que a seguiam de perto. Em poucos instantes, seu olhar divisava uma cidade soberba e maravilhosa, espalhada sobre colinas enfeitadas de carros e monumentos que lhe provocavam assombro. Os mármores mais ricos esplendiam nas magnificentes vias públicas, onde as liteiras patrícias passavam sem cessar, exibindo pedrarias e peles, sustentadas por misérrimos escravos. Mais alguns momentos e seu olhar descobria outra multidão guardada a ferros em escuros calabouços. Penetrou os sombrios cárceres do Esquilino, onde centenas de rostos amargurados retratavam padecimentos atrozes. Os condenados experimentaram no coração um consolo desconhecido.
Maria se aproximou de um a um, participou de suas angústias e orou com as suas preces, cheias de sofrimento e confiança. Sentiu-se mãe daquela assembléia de torturados pela injustiça do mundo. Espalhou a claridade misericordiosa de seu espírito entre aquelas fisionomias pálidas e tristes. Eram anciães que confiavam no Cristo, mulheres que por ele haviam desprezado o conforto do lar, jovens que depunham no Evangelho do Reino toda a sua esperança. Maria aliviou-lhes o coração e, antes de partir, sinceramente desejou deixar-lhes nos espíritos abatidos uma lembrança perene. Que possuía para lhes dar? Deveria suplicar a Deus para eles a liberdade?! Mas, Jesus ensinara que com ele todo jugo é suave e todo fardo seria leve, parecendo-lhe melhor a escravidão com Deus do que a falsa liberdade nos desvãos do mundo. Recordou que seu filho deixara a força da oração como um poder incontrastável entre os discípulos amados. Então, rogou ao Céu que lhe desse a possibilidade de deixar entre os cristãos oprimidos a força da alegria. Foi quando, aproximando-se de uma jovem encarcerada, de rosto descarnado e macilento, lhe disse ao ouvido:
- "Canta, minha filha! Tenhamos bom ânimo!... Convertamos as nossas dores da Terra em alegrias para o Céu!..
A triste prisioneira nunca saberia compreender o porquê da emotividade que lhe fez vibrar subitamente o coração. De olhos extáticos, contemplando o firmamento luminoso, através das grades poderosas, ignorando a razão de sua alegria, cantou um hino de profundo e enternecido amor a Jesus, em que traduzia sua gratidão pelas dores que lhe eram enviadas, transformando todas as suas amarguras em consoladoras rimas de júbilo e esperança. Daí a instantes, seu canto melodioso era acompanhado pelas centenas de vozes dos que choravam no cárcere, aguardando o glorioso testemunho.
Logo, a caravana majestosa conduziu ao Reino do Mestre a bendita entre as mulheres e, desde esse dia, nos tormentos mais duros, os discípulos de Jesus têm cantado na Terra, exprimindo o seu bom ânimo e a sua alegria, guardando a suave herança de nossa Mãe Santíssima.
Por essa razão, irmãos meus, quando ouvirdes o cântico nos templos das diversas famílias religiosas do Cristianismo, não vos esqueçais de fazer no coração um brando silêncio, para que a Rosa Mística de Nazaré espalhe aí o seu perfume! "

( Trecho do livro : BOA NOVA – Humberto de Campos / Francisco Cândido Xavier )